Resposta ao Cláudio PDF Imprimir e-mail
25-Jun-2009
“É inaceitável que o interesse público esteja refém da boa vontade da corporação (perdão sindicato) dos magistrados.”Apresento a minha resposta a algumas coisas que foram ditas.
Acesso à Internet: Concordo com grande parte do que disse. Subscrevo o capítulo referente à revogação das patentes. Já é altura de alguém aplicar a agenda política do Partido Pirata à realidade. É simplesmente incrível o autismo tecnológico do "Establishment".
Contributo de João Costa

Saúde

Os incentivos ao trabalho previsto em contrato deverão acabar. Acho simplesmente incríveis as fortunas que os médicos ganham como incentivo ao seu trabalho (no caso das cirurgias). Os bónus dados para além dos salários encarecem muito as operações tornando o Estado pobre e vulnerável face aos interesses dos privados. A pressão demográfica de uma população envelhecida irá a longo prazo orientar as poupanças (que ainda existem) para os grandes grupos económicos. A classe dos médicos tal como a dos juízes é um dos resquícios corporativos que em muito contribuem e prolongam os problemas do Estado Novo. O corporativismo atrasa o país.

Justiças

É inaceitável que o interesse público (nós) esteja refém da boa vontade da corporação (perdão sindicato) dos magistrados. Classe autista e altamente fechada à sua renovação afastando inteligentes advogados de exercer a profissão de juiz tão importante para a criação e efectivização do Estado de Direito. Para quando se vai avançar com a especialização dos juízes? É vergonhoso que a profissão de juiz ainda seja feita como à cem anos atrás. Temos uma entidade que sabe tudo, não julga a tempo, é bem paga (mais de 5000€ por mês - dos pagamentos mais altos da Europa) e até à pouco tempo bastava trabalhar 10 anos para se reformar. Como é que queremos andar com o país para a frente???

Estradas

Relativamente às estradas devo discordar consigo. Devemos é apostar no caminho de ferro para fazer as nossas deslocações. É mais ecológico, barato e seguro.

Ordenamento do território

Esta é uma das vertentes mais estragadas do país em grande parte devido à falta de coragem política para a uma micro-escala fazer cumprir a lei. As câmaras municipais deveriam ser extintas passando a responsabilidade da administração do território para as pessoas através da aplicação de democracia directa. O poder deveria ser organizado em comunas e deveria estar sujeito a veto dos organizadores do território. As cidades deveriam ser delimitadas e concentradas para tornar a sua gestão mais sustentável e diminuir a pressão sobre a natureza. As cidades/aldeias demasiado pequenas deveriam ser demolidas e despovoadas. Deve-se acabar com o urbanismo tipo faroeste onde não existe uma cidade e um campo (natureza); existem sim é casas ondes os proprietários as querem tal é a cobardia política para fazer cumprir os PDMs. Dever-se-á proibir o crescimento das grandes metrópoles através da deslocalização de postos de trabalho para as capitais de distrito. Deve-se promover a autosuficiência alimentar pela ocupação e rentabilização efectiva dos solos com características apetecíveis para a agricultura

Economia

Deveriam-mos tornarmos-nos o mais autosuficientes possíveis para reduzir a fuga de capital. Se para tal tivéssemos que sair da UE, euro e outras políticas que só favorecem as nações ricas do norte europeu, então que o façamos. Referende-se a Europa. Existem muitos mais países com os quais podemos suprimir as nossas necessidades de matéria prima e com os quais poderíamos trocar o que temos em excesso.

Ficam as minhas ideias e resposta a alguns pontos do Cláudio...

Bem haja

João Costa

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