O novo paradigma da Medicina – Medicina Integrativa PDF Imprimir e-mail
18-Mar-2009
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O novo paradigma da Medicina – Medicina Integrativa
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No entanto, ao analisarmos os factos reais, os números apresentados pelas escolas, estão muito distantes dos apresentados no P.N.S..

Em primeiro lugar, porque os ensinamentos sobre Saúde têm vindo a ser transmitidos pelos professores de diversas disciplinas, e não por profissionais de Saúde.



Em segundo lugar, porque a Saúde, no seu amplo e pleno conceito, não são apenas e unicamente um conjunto de preceitos de higiene pessoal, de comportamentos e modos de vida individuais. É um conceito muito mais vasto.

Vejamos o que dissemos na página 10:

Numa abordagem globalizante, integrativa e objectiva, poderemos afirmar que o estado de Saúde do Ser Humano, é uma questão de equilíbrio e intercomplementaridade de diversos factores que, no seu conjunto, poderemos apelidar de Higiene Global ou Holística:

  •  
    1. Higiene pessoal;

    2. Higiene familiar;

    3. Higiene laboral;

    4. Higiene social;

    5. Higiene ambiental.

Qualquer desequilíbrio significativo num único destes cinco factores referidos, irá desencadear, inevitavelmente, "efeitos secundários" em todos os outros.

Nessa situação, a maior ou menor capacidade reactiva aos referidos "efeitos secundários" dependerá exclusivamente das capacidades inatas psico-neuro-endócrino-imuno-fisiológicas do indivíduo afectado.

Seja como for, perante todas estas evidências, SAÚDE acaba por ser o resultado do complexo cruzamento e equilíbrio de diversas variáveis, a maioria das quais não estão dependentes dos chamados Serviços de Saúde Pública.

Onde queremos chegar com esta afirmação?

Que não chegará produzir informação para a criança, se não existir um acautelamento complementar junto da família onde a criança está inserida, se essa família não estiver em condições ditas funcionais.

Regra geral, o comportamento de uma criança, seja em que contexto for, é a consequência do "meio" na qual ela está inserida. È um sinal ou um sintoma!

Ora, como qualquer Profissional de Saúde deve saber, só em casos muito graves deveremos tratar os sintomas antes de definir a "doença" que está na origem dos mesmos.

Que resultados poderemos obter, numa criança dita normal, se ela estiver inserida numa família onde não haja estabilidade (familiar; económica; laboral; sanitária; ambiental)?



Desde já, e para memória futura, queremos deixar bem expresso de que o nosso trabalho não se subordina a qualquer conceito político-partidário ou a qualquer corrente ideológica. É absolutamente objectivo!



Queremos afirmar com esta declaração de que, à semelhança do que se passa no organismo humano, acreditamos numa das conclusões que nos deixou Claude Bérnard, médico e fisiologista francês (12 de Julho de 1813 - 10 de Fevereiro de 1878):

- O micróbio é o menos importante. O problema está no meio.



Continuando o nosso trabalho de crítica comparativa entre a Sociedade e o Ser Humano, que mais não é do que uma sociedade complexa de células muito diferenciadas, organizadas em tecidos e órgãos específicos, interdependentes e intercomplentares nas suas funções, no sentido único de manterem as condições vitais de equilíbrio (homeostase), parece-nos ser uma boa ideia procedermos a esta analogia. A Mãe Natureza mostra-nos os caminhos e, muito provavelmente, as melhores soluções!

Relembremos o que escrevemos na página 12:

Seja como for, perante todas estas evidências, SAÚDE acaba por ser o resultado do complexo cruzamento e equilíbrio de diversas variáveis, a maioria das quais não estão dependentes dos chamados Serviços de Saúde Pública.

Não temos dúvidas acerca das intenções exaradas no P.N.S., no entanto, o mesmo não se passa acerca dos mecanismos institucionais que estão nele previstos para as levar à prática.

Interroguemo-nos:

  1. Será que foram estabelecidos os mais eficazes canais de contacto e informação entre os diversos Ministérios previstos no P.N.S.?

  2. Será que existe uma base de dados que permita o cruzamento e tratamento dos dados obtidos pelos referidos Ministérios?

Se formos confrontados com respostas negativas a ambas as interrogações, o Plano Nacional de Saúde 2004 - 2010, jamais passará de um mero documento de boas intenções.

Que nos seja permitido, aqui e agora, citar um velho ditado popular:

- De boas intenções, está o Inferno cheio!



Haverá, portanto, que proceder à elaboração de propostas que conformem uma maior viabilidade aos pressupostos definidos no P.N.S..

A partir da página seguinte, passaremos a apresentar as nossas propostas que também têm a sua sustentabilidade assente sobre alguns dos princípios que aparecerão no CAPÍTULO III.


 
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