Abandonar a via neo-liberal e os seus pressupostos PDF Imprimir e-mail
26-Mar-2009
Bolsa de Tóquio. Foto de Stéfan,  FlickRÉ essencial lutar por uma medida internacional que imponha uma moratória de 24 horas a cada movimento de capital e pela comunicação obrigatória dos mesmos. Sem isso não será possível responder em tempo útil às jogadas da finança, qualquer que seja a regulação envolvida.

Contribuição de José Pedro Fernandes


Tentando focar 2 assuntos que me parecem importantes:

a) Para lá da taxa Tobin e afins, parece-me essencial que se lute por uma medida internacional que imponha uma moratória de 24 horas a cada movimento de capital e à comunicação obrigatória dos mesmos. Sem isso não será possível responder em tempo útil às jogadas da finança, qualquer que seja a regulação envolvida.

b) As trocas comerciais não podem seguir regras que aumentem as assimetrias em vez de criarem um mundo mais viável. A deslocalização da produção dos países desenvolvidos é um caminho suicida.

Necessitamos de acordos periódicos comerciais, e câmaras de comércio que os façam cumprir, e de políticas de desenvolvimento que não promovam a não produção. Ou seja, mais uma vez, é o ritmo de funcionamento da economia que tem de ser abrandado para níveis em que o planeamento e a compensação dos efeitos das assimetrias possam ser levados a cabo. Isto é particularmente verdade para os recursos primários, cuja volatilidade de preços não pode continuar como até agora, à mercê da economia de casino.

Qualquer destas questões implica abandonar a via neo-liberal e os seus pressupostos.

José Pedro Fernandes

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